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Dia Nacional da Ética - 2 de maio

Notícias 02-05-2024 Lilian Russo

Dia Nacional da Ética - 2 de maio

Hoje celebramos o Dia Nacional da Ética, uma oportunidade para refletir sobre os princípios que regem nossas ações e interações. É um lembrete poderoso da importância de cultivar padrões éticos em todas as esferas da vida. ⚖️ No campo da pesquisa, a ética desempenha um papel crucial na garantia do resp...

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Senado aprova regras para pesquisas clínicas com seres humanos

Notícias 25-04-2024 Lilian Russo

Senado aprova regras para pesquisas clínicas com seres humanos

O Senado aprovou, nesta terça-feira (23), projeto de lei que cria regras para pesquisas com seres humanos e trata do controle das boas práticas clínicas por meio de comitês de ética em pesquisa (CEPs). O PL 6.007/2023 foi analisado em regime de urgência e agora segue para a sanção presidencial.

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Conceitos fundamentais para o ingresso no mercado da Pesquisa Clínica

Notícias 02-04-2024 Lilian Russo

Conceitos fundamentais para o ingresso no mercado da Pesquisa Clínica

A celebração dos 25 anos da SBPPC está em pleno vapor!Como parte dessa festa memorável, a SBPPC anuncia uma série de eventos imperdíveis, cuidadosamente elaborados para aprimorar suas habilidades e expandir seu conhecimento. O primeiro curso oferecido é: "Conceitos fundamentais para o ingresso no mercado da Pesquisa Clíni...

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Próximas reuniões do Focep - 2024

Notícias 01-04-2024 Lilian Russo

As próximas reuniões do Focep serão nos dias: 10 de junho;02 de setembro;02 de dezembro;

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XXV Encontro Nacional de Profissionais em Pesquisa Clínica

Notícias 18-03-2024 Lilian Russo

XXV Encontro Nacional de Profissionais em Pesquisa Clínica

No sábado, 16 de março, aconteceu o encerramento da Semana Municipal de Informação e Divulgação da Pesquisa Clínica. Foi um evento excelente, com a participação de muitas pessoas, palestrantes incríveis e sobretudo muitas reflexões e caminhos para novas oportunidades! Parabéns, SBPPC e a todos...

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Pesquisa demonstra relação entre poluição e riscos cardíacos em moradores de São Paulo

fapespA relação entre viver em uma cidade poluída como São Paulo e doenças pulmonares ou câncer é bem conhecida. Os problemas, no entanto, vão além. Uma pesquisa inédita aponta que a exposição de longo prazo à poluição atmosférica está diretamente ligada ao aumento dos riscos cardíacos em moradores da capital paulista. Para indivíduos hipertensos o perigo é maior.

 

Publicado na revista Environmental Research, o estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) com o apoio da FAPESP

(projetos 13/21728-2, 16/23129-7 e 19/06435-5). A investigação mostra que a fibrose cardíaca, um indicador de doenças do coração, está relacionada ao tempo de exposição às partículas de carbono negro, um indicador de poluição atmosférica.

Os pesquisadores fizeram a análise das autópsias de 238 pessoas e de dados epidemiológicos para mensurar essa relação. Eles também entrevistaram familiares das vítimas para recolher informações sobre fatores de risco, como histórico de tabagismo e hipertensão. A partir da observação macroscópica do tecido pulmonar estabeleceram a presença e quantidade da fração de carbono negro nos pulmões. Amostras de miocárdio revelaram a fração de fibrose cardíaca.

Os resultados revelaram associação significativa entre a fração de carbono negro nos pulmões e a fibrose cardíaca nos indivíduos estudados. Isso significa que, quanto mais tempo uma pessoa é exposta à poluição, maior a probabilidade de desenvolver a fibrose. “Esse dado ressalta o papel crucial da autópsia na investigação dos efeitos do ambiente urbano e dos hábitos pessoais na determinação de doenças", afirma um dos autores da pesquisa, o patologista e professor da USP Paulo Saldiva.

Além disso, foi constatado que o risco é aumentado para indivíduos hipertensos. Entre eles, a presença do marcador de doenças cardíacas cresce com o aumento da presença do indicador de exposição à poluição, tanto em fumantes quanto em não fumantes. Entre os não hipertensos, os maiores riscos foram observados principalmente nos tabagistas.

A hipertensão, ou pressão alta, é uma doença que pode ser silenciosa e não apresentar sintomas. De acordo com o Ministério da Saúde, em dez anos a taxa de mortalidade passou de 11,8 óbitos para 100 mil habitantes, em 2011, para 18,7 em 2021. Cerca de 60% dos idosos que vivem no Brasil têm hipertensão.

Se a hipertensão é silenciosa, a poluição nem sempre está tão à vista de todos. Em alguns casos, no entanto, é possível saber onde ela é mais prejudicial. A exposição à poluição dentro da mesma cidade depende de fatores como hábitos e deslocamentos das pessoas. “Podemos dizer que existem dois indicadores de poluição, um medido pela rede da Cetesb [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo], que é objetivo. E outro relacionado a quanto cada indivíduo é exposto a ela”, afirma. “Ou seja, o nível de concentração de poluição ambiental não significa a mesma dose recebida por todos. Se você está em um corredor de tráfego por horas, recebe uma dose maior porque a concentração daquele ambiente é particularmente mais elevada.”

Saldiva explica que diversos fatores, como a própria hipertensão, influenciam no desenvolvimento da fibrose cardíaca e que, agora, fica provado que a poluição é um deles. “A pergunta era ‘a poluição tem tamanho suficiente para aparecer nessa foto?’ Ela tem e foi a primeira vez que foi demonstrado no mundo em humanos. Essa é a diferença do trabalho”, pontua.

Segundo o médico, o estudo só foi possível graças ao trabalho realizado pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) na cidade, 24 horas por dia, 365 dias por ano. Ele afirma que o apoio da Faculdade de Medicina da USP e da FAPESP, em convênios estabelecidos no passado com o SVO, construiu um vasto conjunto de processos e informações que resultam hoje em novas possibilidades científicas.

A pesquisa da USP fornece evidências sobre os impactos da poluição do ar na saúde cardiovascular e destaca a necessidade de medidas eficazes para reduzir a exposição da população a esse mal. A implementação de medidas como a redução das emissões de veículos, o incentivo ao transporte público sustentável na cidade e o incentivo de fontes de energia limpa são estratégias eficazes na mitigação dos impactos da poluição atmosférica na saúde pública.

O artigo Association of pulmonary black carbon accumulation with cardiac fibrosis in residents of Sao Paulo, Brazil pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0013935124002846.

Via Agência FAPESP* –Emilio Sant'anna | Agência FAPESP –

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