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Convite- FECEP - dia 11 de novembro de 2024

Notícias 04-11-2024 Lilian Russo

O Fórum Estadual de Comitês de Ética em Pesquisa (FECEP) convida os interessados na condução de pesquisa envolvendo seres humanos para fazer uma discussão sobre “As perspectivas para 2025 dos estudos conduzidos em seres humanos, nas diferentes áreas do conhecimento, após regulamentação da Lei 14.874 de 2...

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3 de novembro é o Dia Mundial da Saúde Única!

Notícias 03-11-2024 Lilian Russo

3 de novembro é o Dia Mundial da Saúde Única!

A Saúde Única busca integrar a saúde humana, animal e ambiental por meio da implementação de ações e políticas integradas de prevenção e controle de doenças que derivam da interrelação destes três eixos da saúde.

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Novembrinho Azul: proteção e promoção da saúde de meninos de até 15 anos de idade.

Notícias 01-11-2024 Lilian Russo

Novembrinho Azul: proteção e promoção da saúde de meninos de até 15 anos de idade.

Em 2023, foi sancionada a Lei 14.694, que institui a campanha Novembrinho Azul, que tem por objetivo promover ações direcionadas à proteção e à promoção da saúde de meninos com até 15 anos de idade.

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Ministros do G20 debatem soluções integradas para desafios da saúde

Notícias 31-10-2024 Lilian Russo

Ministros do G20 debatem soluções integradas para desafios da saúde

Discussões em torno da abordagem "Uma Só Saúde" ganharam destaque no segundo dia da Reunião de Ministros de Saúde do G20. O encontro ocorre no Rio de Janeiro até esta quinta-feira (31), quando deverá ser apresentada uma declaração final.

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X Encontro de CEUAs SBPPC e o XV Fórum da (CEUAVet) da FMVZ/USP

Notícias 29-10-2024 Lilian Russo

X Encontro de CEUAs SBPPC e o XV Fórum da (CEUAVet) da FMVZ/USP

Amanhã, quarta-feira, dia 30 de outubro, das 10h às 17h teremos o “X Encontro de CEUAs SBPPC e o XV Fórum da (CEUAVet) da FMVZ/USP”. O evento será no Salão Nobre, na Câmara Municipal de São Paulo.

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Estudo revela que mais de 50% dos casos de demência na América Latina são evitáveis Destaque

uspUm estudo inovador conduzido pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e publicado em artigo na revista The Lancet Global Health revelou que 54% dos casos de demência na América Latina são atribuíveis a fatores de risco modificáveis, um índice acima da média mundial de 40%. A pesquisa, liderada por Claudia Kimie Suemoto, professora da disciplina de Geriatria da FMUSP,

destaca a urgência de intervenções preventivas na região. Fatores de risco modificáveis são condições que podem ser alteradas no estilo de vida ou com acesso a tratamentos médicos. Ou seja, podem ser prevenidas.

A partir de dados da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Honduras, México e Peru, o estudo analisou medições de 12 fatores: baixa educação, perda auditiva, hipertensão, obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, diabete, consumo excessivo de álcool, poluição do ar e lesão cerebral traumática. Coletadas entre 2015 e 2021, as amostras variaram de 5.995 a 107.907 participantes, com idades a partir dos 18 anos.

“Essa é a primeira vez que uma região inteira tem um estudo tão robusto. Não existe nada parecido na Europa nem na Ásia, que também são conjunções de países, como é a América Latina”, explicou a professora da FMUSP.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 55 milhões de pessoas têm demência ao redor do mundo e mais de 60% dos casos se concentram em países em desenvolvimento. A instituição calcula que em 2050 esse número aumentará para mais de 150 milhões.

Fatores de risco
Demência resulta de uma variedade de doenças e lesões que afetam o cérebro. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência e pode contribuir entre 60% e 70% dos casos. A demência não afeta exclusivamente pessoas mais velhas. A OMS estima que até 9% dos casos tiveram início precoce (antes dos 65 anos).

Na América Latina, a pesquisa revelou que os principais fatores de risco são a obesidade, a inatividade física e a depressão. Esses achados têm implicações significativas para estratégias de saúde pública e prevenção de demência direcionadas individualmente. “Esses são fatores relacionados ao estilo de vida e a ideia da análise é isolar cada um para identificar o potencial de prevenção de demência”, detalha Claudia. “Por exemplo, quando a atividade física é realizada de forma regular, melhora a saúde vascular, que promoverá uma melhor nutrição e oxigenação cerebral. A obesidade pode estar relacionada às demências através da promoção de neuroinflamação”, detalhou.

Na Bolívia, a prevalência de baixa escolaridade atingiu 63,5%, enquanto no Brasil foi de 46,7% e em Honduras, 41,8%. A hipertensão foi menos comum na Bolívia (3%) e mais prevalente no Brasil (46,4%). O consumo excessivo de álcool foi menor no Brasil (4,3%) e maior na Argentina (32,8%). O Brasil também apresentou o índice mais baixo no fator isolamento social (1,6%) e a Bolívia o mais alto (64,2%). Honduras teve a maior taxa de tabagismo (86,9%) e Peru a menor (58,3%). Já a poluição do ar foi menos prevalente no Peru (47,6%) e mais comum no Chile (86,2%). Obesidade, depressão e inatividade física foram mais consistentes, exceto no Peru e México, onde a depressão (4,4%) e a inatividade física (17,7%) foram mais baixas.

“As demências possuem um potencial alto de prevenção. Se a gente pensar em termos de porcentagem e de saúde pública, temos exemplos positivos de políticas públicas relacionadas à diminuição da prevalência dos fatores de risco. Na Argentina, a ‘baixa educação’ não é prevalente, por políticas públicas que diminuíram esse índice no passado. Outro ponto importante está relacionado ao tabagismo”, diz a pesquisadora. “Praticamente nenhum país da América Latina apresenta relação atribuível muito alta porque existem políticas há muito tempo inibindo o uso de cigarro, proibindo consumo em ambientes fechados ou com a taxação sobre o produto”, disse a pesquisadora.

Líder de estudos anteriores focados nos fatores de risco modificáveis do Brasil e Argentina, a professora da FMUSP conta que os resultados brasileiros já foram abraçados pelo Ministério da Saúde. “A partir disso, o Ministério está desenvolvendo uma série de campanhas para informar sobre as demências no Brasil, incluindo uma campanha de prevenção”, destaca. “É muito importante que a população entenda que a prevenção de demência começa cedo e quais são os principais fatores de risco. E, também, o que pode ser feito hoje para prevenir a longo prazo”, celebrou a professora da FMUSP.

No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas têm demência, com grande parte dos casos ainda não diagnosticada. A maioria depende do cuidado oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mais informações: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., com Claudia Kemi Suemoto

*Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMUSP, adaptado por Júlio Bernard

Fonte: Jornal da USP

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