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Doenças hormonais e do aparelho digestivo aumentam o risco de Parkinson e Alzheimer Destaque

RPF-riscos-demencia-2025-10-1140À medida que as pessoas vivem mais, cresce a preocupação – delas próprias e de familiares – com o surgimento de enfermidades neurodegenerativas, em especial as doenças de Parkinson e de Alzheimer, que, juntas, afetam mais de 400 milhões de pessoas no mundo. A primeira provoca tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, além de dor, alterações no sono e, nos estágios avançados, demência.

Já a segunda é marcada por esquecimento, dificuldades de raciocínio, orientação e linguagem, além de alterações no comportamento e perda de autonomia. Mais comuns em idades avançadas, essas enfermidades afetam o funcionamento do cérebro e de outras partes do sistema nervoso central e não são consideradas parte natural do envelhecimento. De origem complexa, muitas vezes elas resultam da interação entre a predisposição genética e a exposição a fatores do ambiente que aumentam o risco de desenvolvê-las.

Interessados em identificar potenciais formas de reduzir o risco de essas doenças surgirem, um grupo internacional de pesquisadores, entre eles um brasileiro, decidiu olhar não só para o cérebro, a estrutura em que se concentram os danos depois que o Parkinson ou o Alzheimer se instalam. Eles investigaram também problemas e alterações que surgem em outros órgãos e tecidos tempos antes e podem influenciar a vitalidade e o funcionamento do sistema nervoso central.

No trabalho, publicado em agosto na revista Science Advances, a equipe liderada pela farmacêutica e neurocientista espanhola Sara Bandrés-Ciga, então chefe de neurogenética no Centro para Alzheimer e Demências Relacionadas dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, avaliou como 155 problemas que atingem os sistemas digestivo e metabólico poderiam influenciar o risco de desenvolver Parkinson ou Alzheimer. As 155 enfermidades foram selecionadas porque atingem as estruturas do chamado eixo intestino-cérebro, um conjunto de órgãos e glândulas do trato digestivo que, por diversos meios, afeta o funcionamento do sistema nervoso central. O contrário também ocorre, com a atividade cerebral modificando o desempenho dessas estruturas.

Os pesquisadores observaram que quatro desses problemas de saúde apareceram associados a um risco até três vezes maior de desenvolver a doença de Parkinson e outros 13 à probabilidade de apresentar Alzheimer (ver infográfico abaixo). Todas são enfermidades que costumam se instalar anos antes dos primeiros sintomas das duas doenças neurodegenerativas. O diabetes do tipo 1 e o do tipo 2, além de distúrbios intestinais como a síndrome do intestino irritável, mostraram-se relacionados a um maior risco de desenvolver tanto Alzheimer quanto Parkinson.

Veja mais:
https://revistapesquisa.fapesp.br/doencas-hormonais-e-do-aparelho-digestivo-aumentam-o-risco-de-parkinson-e-alzheimer/

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